Cinevale em Movimento
O Cinevale em Movimento percorreu comunidades de agricultores e pescadores em seis municípios do Vale do Ribeira entre 2004 e 2006.
Cinevale em Movimento
Objeto: Valorização da cultura tradicional através da mostra de documentários instigar o olhar crítico e fomentar a discussão Objetivo Geral: Criação de pontões de cultura e pontões de cultura digital a serem implementados e desenvolvidos por entidades públicas ou privadas, mediante apoio do Ministério da Cultura. |
Descrição: (descrição da origem do projeto e seus propósitos a serem alcançados) A proposta do Cinevale em Movimento é arte-educativa, pois oferece a esse público, por meio do cinema, relatos de experiências e situações similares às que vivenciam no dia-a-dia, servindo como referenciais para reflexão. O cinema pode ser trabalhado como espelho da realidade, no qual o espectador poderá reconhecer melhor a si mesmo e valorizar a sua identidade e sua cultura. O Cinevale em Movimento tem, ainda, o propósito de: promover debates;fomentar a reflexão crítica;ampliar o repertório de imaginários e representações;estimular a educação da sensibilidade. |
Detalhamento das atividades realizadas / Principais resultados alcançados
O Cinevale em Movimento percorreu comunidades de agricultores e pescadores em seis municípios do Vale do Ribeira entre 2004 e 2006. Cananéia, Eldorado, Itaóca e Registro, no Estado de são Paulo, e Adrianópolis e Guaianases, no Estado do Paraná. Ao todo foram realizadas 36 projeções cinematográficas seguidas de debates, alcançando um público de aproximadamente 1200 pessoas.
O Vale do Ribeira é uma região peculiar nos Estados de São Paulo e Paraná, localizada entre duas importantes capitais brasileiras: São Paulo e Curitiba. Composta por 39 municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira de Iguape e ao complexo Estuarino Lagunar de Iguape – Cananéia – Paranaguá, apresenta um rico patrimônio natural e cultural, constituindo o maior remanescente contínuo de Mata Atlântica do Brasil, onde habitam comunidades portadoras de singulares expressões da cultura popular, ao mesmo tempo em que possui um dos mais baixos índices de desenvolvimento humano do país.
Atualmente, a questão ambiental e seu potencial turístico são colocados como alternativa de desenvolvimento regional, porém, as leis ambientais reforçaram o histórico processo de exclusão social das populações que vivem no entorno, quando não dentro, das áreas protegidas.
Essa população rural, representada por comunidades tradicionais (caiçaras, caipiras e quilombolas) e indígenas (guaranis), apresenta um modo de vida singular, conservando suas tradições culturais, tais como música, dança, artesanato e gastronomia dentro de um universo de uma economia de subsistência sem apoio tecnológico e incentivos financiadores.
Essas comunidades resistem aos efeitos do tempo e contam a história do Brasil ao longo das margens do Rio Ribeira de Iguape. Entretanto, vivem margilanizados como posseiros sem o título da terra e, desse modo, sem garantias para terem acesso a créditos financeiros para investir em suas atividades. A região é carente, também, de políticas públicas, como saneamento básico, educação, saúde, transporte e comunicação.
Sucessivas tentativas de se promover o desenvolvimento sócio-econômico nos modelos tradicionais foram aplicadas sem sucesso, já que não levaram em consideração as características peculiares da região. Um projeto de desenvolvimento local deve partir de suas potencialidades internas buscando elevar as condições sociais de modo compatível com a conservação da diversidade ambiental e cultural de sua gente. Sendo assim, faz-se necessário um forte trabalho na região, junto à população, no sentido de fortalecer suas vocações e fornecer subsídios, para que esta seja capaz de se organizar e conquistar a plena cidadania.
A precária infra-estrutura de que dispõem as comunidades rurais do Vale do Ribeira dificulta extremamente o acesso a meios de comunicação e bens culturais além da produção e/ou reprodução de sua própria manifestação cultural. Os elementos culturais que chegam até eles por meio de rádios e alguns poucos aparelhos de televisão são provenientes da indústria cultural de massa e transmitem um imaginário estranho à sua realidade.
Considerando o potencial do cinema brasileiro como espelho da realidade e pensando no fortalecimento das vocações das comunidades rurais do Vale do Ribeira por intermédio desse contato, no qual o espectador poderá conhecer melhor a si mesmo e valorizar a sua identidade, surgiu a idéia de se desenvolver um cinema itinerante que vá até essas pequenas localidades onde o cinema nunca existiu. A idéia se baseia no projeto já consagrado Cine Mambembe, empreendido em 1998 pelo casal de cineastas Laís Bodansky e Luiz Bolognesi que excursionaram pelo interior do país levando um projetor de 16 milímetros e uma tela desmontável. Percorreram ao todo 15 mil quilômetros documentando a expedição que resultou num vídeo.
A 1ª semente já foi plantada, pois em 2004 o CineVale em Movimento percorreu as cidades e comunidades caiçaras, quilombolas e caipiras dos municípios de Eldorado, Cananéia e Itaoca em São Paulo e em 2005 os municípios de Registro SP, Guaraqueçaba e Adrianópolis PR
Contratante (UF) / Financiador:
Ministério da Cultura
Nº Documento
Convênio MINC 634/2006
Período de Execução:
29/12/2007 à 05/05/2007
Linhas Temáticas:
– Educação para Sustentabilidade
– Apoio a Criança, Adolescente e a Juventude
– Valorização da Cultura
ODS
SITUAÇÃO
Concluído
ANO INÍCIO
2006
ABRANGÊNCIA
Vale do Ribeira – Itaóca, Eldorado, Cananéia, Adrianópolis, Registro SP, Guaraqueçaba
PÚBLICO ALVO
Comunidades de agricultores e pescadores
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